Uma andorinha, em sua primeira viagem de migração para o sul, se perdeu de seu bando. Triste, mas sabendo que não poderia parar, ela procurava um de seus semelhantes para lhe indicar o caminho.
Nesta, uma outra andorinha que também estava atrasada, passava por perto.
"Desculpe pelo incômodo cara amiga, mas você pode me indicar o caminho para o sul?" -- perguntou
Sua semelhante, que já havia feito várias viagens, sabendo que a jovem teria mais chances de acasalar quando chegasse lá, apontou para a direção contrária e disse:
"Siga esta direção, com certeza você chegará lá rapidamente".
"Obrigada! Muito obrigada!" -- agradeceu, feliz.
Com isso, o pássaro seguiu a rota indicada, porém, cada vez que seguia a viagem, mais frio este sentia.
De repente, uma coruja voava perto e, estranhando aquele pequeno ser naquele lugar, perguntou:
"O que o pequenino faz por estes lados?"
"Estou indo para o sul, a fim de perpetuar minha espécie..." -- respondeu a andorinha.
"Mas esta é a direção errada! Você não sente que esta cada vez mais frio e que a paisagem nesta região está cada vez mais desolada?" -- contestou a coruja.
"Não, você esta tentando me enganar! Foi um de meus semelhantes que me indicou este caminho..." -- falou com fúria o pequeninho.
"Esta certo... Tudo bem você não acreditar em mim, afinal, não sou de sua espécie... Mas pense um pouco: por que eu a enganaria? E você não sente como o ambiente esta estranho para ser a primavera do sul?" -- indagou a coruja.
Porém, ignorando os avisos da coruja e de seus instintos, o pássaro continuou seguindo sua jornada, acreditando fielmente no que sua prima disse.
E, depois disso, ela nunca mais foi vista pelas redondezas...
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